Indústria musical brasileira vai gerar US$ 1 bilhão em 2027, prevê relatório
- Giovanni Bonfim
- 12 de jun.
- 2 min de leitura
O mercado fonográfico brasileiro alcançará, pela primeira vez em sua história, o valor de US$ 1 bilhão em 2027. A previsão faz parte de um detalhado relatório sobre a indústria musical nacional publicado pelo prestigioso MIDiA Research, um centro de pesquisas britânico sobre música, audiovisual e outros segmentos da economia digital. E não é o único dado interessante trazido pelo documento.
Ao longo de suas 20 páginas, o relatório “O mercado brasileiro de música — Rumo ao estrelato” mostra que os robustos crescimentos das receitas geradas com música gravada no país — acima da média mundial nos últimos anos — farão com que a indústria local tenha uma expansão de 74% entre este ano e 2031. E os números levam em conta apenas a exploração da música gravada (streaming, vendas físicas, edição), sem entrar em direitos autorais ou na margem de lucro de distribuidores e comerciantes, por exemplo.
“O que fazemos é traçar um panorama do mercado brasileiro de música gravada utilizando dados quantitativos coletados pela MIDiA Research através de pesquisas próprias. Unindo isso à nossa experiência de mercado, trazemos projeções que são bem animadoras”, define Leo Morel, o pesquisador e analista do mercado musical brasileiro que assina o trabalho junto com a estadunidense Tatiana Cirisano.
Morel, que vem colaborando com o instituto de pesquisas e análises há 10 anos — e já assinou vários outros relatórios sobre o Brasil para eles —, reforça que os dados utilizados são próprios do MIDiA Research, não coincidindo necessariamente com aqueles publicados nos reportes de instituições como Pro-Música ou IFPI (Federação Internacional da Indústria Fonográfica). De fato, pela conta da MIDiA, o mercado brasileiro de música gravada fechou 2023 com US$ 641 milhões gerados (ou algo como R$ 3,48 bilhões, pelo câmbio desta quinta, 3 de outubro). Já a Pro-Música calculou um número consideravelmente menor, de R$ 2,864 bilhões, o que, também pelo câmbio de hoje, daria US$ 530 milhões.
Fonte: UBS - União Brasileira de Compositores
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